A opinião é da diretora de Mídia da Myntelligence Brasil, Daiane Moura, que há 13 anos procura contribuir para a equidade de gênero na área
Antes mesmo de se formar em Administração de Empresas, Daiane Moura encantou-se pelo universo digital. Começou aos 18 para 19 anos de idade estagiando em um pequeno site de e-commerce, o kitemcasa.com, e de lá para cá não parou mais. Hoje, aos 32, é diretora de Mídia da Myntelligence Brasil, multinacional de tecnologia com foco em marketing digital, tendo trabalhado para outras companhias, como Nova.com, Accenture e Carrefour.com.
Ao longo dessa trajetória, Daiane sempre esteve atenta às profissionais que podiam inspirá-la, mas na área digital nunca esteve diretamente submetida a uma liderança feminina. “As mulheres já fazem parte desse universo, mas agora querem ocupar mais cargos de liderança”, comenta. Sempre que pode, além de desbravar o próprio caminho, ela se preocupa em ajudar outras profissionais a encontrarem o delas. “Fico muito feliz de ver ex-colegas que estavam sob minha responsabilidade liderarem hoje outros times.” Não é à toa que, na Myntelligence, Daiane comanda um time de nove mulheres, entre as quais duas gerentes.
Essa liderança ela procura manter com o aprendizado constante, o prazer da inquietação pelo novo que o digital desperta e a possibilidade de sempre poder melhorar a performance de clientes e parceiros por meio dos algoritmos. “Meu interesse pelo digital surgiu desde o primeiro contato, no caso com o e-commerce, quando percebi que era um meio muito inovador, mesmo sendo visto naquela época ainda como uma atividade apenas complementar”, lembra a executiva. Para Daiane, saber interpretar os dados e usá-los de maneira eficiente é uma motivação constante.
Hoje, com os algoritmos fazendo trabalhos muito mais complexos, sendo utilizados por plataformas de gestão de mídia, como a Adding, desenvolvida pela Myntelligence, o trabalho dos profissionais dessa área e a operação como um todo se tornaram muito mais estratégicos. Na verdade, é o conhecimento de profissionais como Daiane, atrelado ao de outros, como cientistas de dados, mais o uso da tecnologia que levam à construção de algoritmos mais eficientes em um mercado cada vez mais dominado pela inteligência artificial. “Essa evolução vem me fascinando todos esses anos”, diz Daiane, que acrescenta: “Ter aprendido a juntar esses pedacinhos de informação, interpretá-los de maneira cada vez mais sofisticada, planejar para ser algo ainda maior e não só conseguir os objetivos estabelecidos, como ultrapassá-los, faz brilhar meus olhos”.
Ela ressalta, no entanto, que profissionais dessa área têm de se habituar a comemorar rapidamente, porque os resultados não se repetem muito tempo com os mesmos formatos, as mesmas ações. “É preciso ser ousado, não se manter na zona de conforto e procurar usar sempre a criatividade para encontrar e testar novos modelos”, afirma, salientando que o apoio do cliente é fundamental nessa busca por inovação, assim como de eventuais parceiros, uma vez que ajudam a oxigenar os planos de ação. “É esse mix de tecnologia, conhecimento para interpretação de dados e dinamismo com as mudanças de cenário que garante a assertividade da entrega do nosso trabalho, a melhor performance de resultados, além, claro, da dose de emoção diária que me faz adorar meu trabalho”, conclui sorrindo.