O ano de 2020 trouxe muitos desafios aos empresários, que precisaram se reinventar para continuarem operando seus negócios. Uma das saídas foi aderir ao e-commerce, modelo de vendas em que todo o ciclo de compra é feito de forma virtual. Ou seja: o cliente pode navegar por diversos sites, avaliar a mercadoria por meio de fotos e, eventualmente vídeos, conhecer as formas de pagamento e, se desejar, efetuar a compra – que chegará em seu endereço sem qualquer tipo de complicação.

Essa modalidade de vendas já era uma realidade para boa parte dos comerciantes, mas foi no período de pandemia, em que as medidas restritivas fecharam completamente e, por um tempo, parcialmente o comércio, que o volume de compras aumentou expressivamente.

O cenário ainda era incerto: mesmo com as vendas online, o número de demissão, rescisão contratual e diminuição da renda de milhões de pessoas foi muito grande, e isso assustou o comércio, que encontrou no cenário virtual o alicerce para não colapsar.

Mesmo diante desse novo cenário, os números foram impressionantes: o volume de vendas online na região metropolitana de Curitiba passou de 3,8 milhões de pedidos, reportados em 2019, para 6,5 milhões, alcançados em 2020, de acordo com a NeoTrust em parceria com o ComEcomm – Comitê de Líderes de E-commerce. Esses números representam um aumento de 71,7%, deixando o comércio satisfeito com a performance que obteve!

A região, que contempla municípios como Campo Magro, Campo Largo, Pinhais, São José dos Pinhais, Cerro Azul, Fazenda Rio Grande, Lapa e Piraquara, dentre outros, registrou, em termos de faturamento, um aumento de 71,4%, passando de R$1,5 bilhões em 2019, para R$2,6 bilhões no ano seguinte.

Esse aumento expressivo indica alguns fatores que podem ser avaliados de forma analítica: a tendência do mercado digital, que já era crescente, veio para ficar e facilitar a vida dos consumidores. Além da impossibilidade de se dirigir ao comércio físico em detrimento de lockdown, a comodidade, agilidade e facilidade são fatores que pesam a favor desse tipo de venda.

Em contrapartida, mesmo com aumento do volume de vendas e, consequentemente, do faturamento, o tíquete médio caiu. Esse é um percentual que indica o valor médio de cada venda. Enquanto no ano de 2019 o TM foi de R$396,85, em 2020 foi de R$396,04, ou seja, uma queda de 0,02%, que revela um percentual quase inexpressivo, mas que indica uma queda no valor que os consumidores gastam a cada compra.

Fato é que ainda que os números alcançados pelas vendas online já mostrassem uma performance muito atraente, foi na pandemia que os percentuais explodiram e fizeram até os mais céticos dos comerciantes aderirem a plataformas que suportam as vendas online. Alguns recorreram a Marketplaces, enquanto outros montaram sites próprios. 

Há quem utilize apenas redes sociais, mas, de qualquer modo, para muitas empresas a lucratividade obtida em vendas online foi necessária para evitar que seus negócios encerrassem as atividades, garantindo a geração e manutenção de empregos!