Nas últimas semanas, o mundo tem se deparado com uma situação nunca vista antes: o isolamento social. Autoridades estão orientando a população a ficar em casa e pedindo o fechamento de alguns estabelecimentos. A ação está impactando diretamente o varejo, principalmente, no online.

Segundo o fundador e presidente do Comitê de Líderes de E-commerce (ComEcomm), ComEcomm - ecommerceFernando Mansano, as vendas onlines estão subindo diariamente. “O aumento já acontece em diversos segmentos de produtos, incluindo alimentos. No setor alimentar, a aceleração está em categorias de não perecíveis, por causa do comportamento de estoque. Outra evolução ocorre no setor de higiene e limpeza”, comenta.

“O que temos observado é que o aumentou muito o volume dos e-commerces. Houve um crescimento de 40% no volume de pedidos na primeira quinzena do mês de março e desde o final de semana algumas lojas virtuais tiveram 180% de crescimento em algumas categorias como alimentos e saúde, já as demais categorias não essenciais nesse momento tiveram 30% de crescimento. Se formos analisar, o cenário Global está demandando pelo e-commerce e delivery. Para isso, investimentos estão sendo realizados. A Amazon contratou mais de 100 mil funcionários temporários só para atender a demanda. No Brasil, estamos vendo um crescimento muito forte, principalmente de lojas virtuais de produtos de primeira necessidade: alimentos, remédios e higiene”, explica Mansano.

Ele conta que uma rede de supermercados do Interior de São Paulo divulgou essa semana que tinha uma média de 150 pedidos por dia na loja virtual e saltou para 2.000 pedidos, o que levou a ter que aumentar o prazo de entrega. “Vale salientar que a ordem dos 3 níveis de governos (Federal, Estadual e Municipal) é não parar o delivery e empresas de logística de toda a cadeia de suprimento, sendo assim os empresários podem continuar vendendo remotamente, de portas fechadas se os produtos não forem essenciais” complementa.

De acordo com Mansano, também existe a procura por produtos alternativos. “São itens de mobilidade: bicicleta, patinete elétrico, mas deve parar, pois tem o isolamento social. A busca pelos artigos começou quando a população estava fugindo do transporte público. Os demais segmentos, no geral, tiveram uma redução. Mas está melhor que no varejo físico”, observa.

Segundo Mansano, é o momento do consumidor utilizar os canais onlines para diminuir o contato e respeitar o isolamento. “As empresas têm bons atendimentos. Por causa do movimento intenso, alguns e-commerces tiveram de aumentar o prazo de entrega. Para isso, as compras devem ser de forma planejada, pois pode demorar de dois a quatro dias para o pedido chegar, mas está funcionando tudo normalmente”, avalia.

Sobre o ComEcomm

O Comitê de Líderes de E-commerce conta com mais de 160 empresas filiadas em diversos segmentos do varejo, indústria, distribuição e serviços, com 6 unidades, entre elas São Paulo, Ribeirão Preto, Campinas e Franca. É o maior projeto de empreendedorismo e aceleração para líderes de e-commerce através de experiências, networking e inspirações. O objetivo é ajudar as empresas a serem ainda mais benéfica para as pessoas em seus canais de comércio eletrônico, buscando intensamente a excelência e com isso potencializando assim suas vendas online.

O ComEcomm conta com o apoio e parceria da maior e principal instituição que representa o setor de e-commerce, a ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico) e do maior projeto de fomento de comércio eletrônico, o E-commerce Brasil.

Sobre a ABComm

A Associação Brasileira de Comércio Eletrônico surgiu da necessidade do setor de e-commerce em ter uma voz ativa. Representamos varejistas e fornecedores do mercado. A Associação abre espaço para que empresários discutam as necessidades, desafios e caminhos do mercado digital brasileiro. Somos uma livre iniciativa, sem fins lucrativos, democrática e ágil. Atualmente contamos com mais de 8 000 empresas associadas em todo Brasil.

Fonte: A Cidade ON